FAQ – Perguntas Frequentes

1. Qual a diferença entre inseminação artificial e fertilização in vitro?

São métodos de reprodução assistida, e é muito comum a confusão entre os termos.
Na verdade são muito diferentes, em termos de indicações, técnicas e custos.
A inseminação é a colocação de espermatozoides (após preparo do semen) dentro do útero e próximo ao momento da ovulação. Os espermatozóides devem entrar nas trompas, encontrar o óvulo e fertilizá-lo. O embrião recém fecundado deve ser transportado até a cavidade uterina e ali se fixar. Assim, é um método que depende de vários fatores, como uma quantidade mínima de espermatozóides (alguns milhões) e de trompas normais (pelo menos uma).

A Fertilização In Vitro (bebê de proveta) é muito mais complexa, pois requer a estimulação dos ovários para produzir vários óvulos, a coleta destes óvulos, sua fertilização e desenvolvimento dos embriões no laboratório (in vitro). A Fertilização In Vitro necessita de muito menos espermatozóides (um por óvulo), e as trompas não são importantes, uma vez que o embrião (já fecundado) será colocado direto na cavidade uterina após alguns dias (transferência de embriões). Embriões excedentes podem ser congelados para outras tentativas. A inseminação tem um custo muito menor quando comparada à fertilização, e chances de sucesso por tentativa bem menores também. Assim, a escolha do método mais indicado depende de um diagnóstico preciso.

2. O diagnóstico de infertilidade significa que eu nunca vou engravidar?

Não. A infertilidade tem várias causas e vários tratamentos, havendo solução para a grande maioria dos casos. Porém, é necessário um diagnóstico preciso.
Esse é o passo mais importante, procurar o especialista para que se possa decidir qual o melhor tratamento para cada casal.
A pior coisa é deixar o tempo passar, pois o tempo pode se tornar um fator adicional no quadro de infertilidade. Isto assume importância ainda maior quando a paciente já tem mais de 35 anos. Nesse caso devemos acelerar o diagnóstico e implementar o tratamento logo, para que a gravidez aconteça.

3. A causa da infertilidade pode ser do homem?

Sim, pode e muitas vezes é!
A idéia de que a mulher é responsável pela infertilidade conjugal não resiste a uma simples análise estatística.
Estima-se que os homens sejam inférteis em 40% dos casos, o mesmo número das mulheres. Os 20% restantes seriam divididos em causas desconhecidas ou quando os dois teriam problemas.
Assim, a avaliação do homem é essencial e deve ser feita logo no início da investigação de infertilidade conjugal.
Após a anamnese, vamos saber de vários dados do histórico masculino, como seus hábitos e riscos profissionais, uso de drogas, álcool, tabaco, de cirurgias ou traumas, e da frequência e qualidade das relações sexuais. Em geral o espermograma costuma ser o primeiro exame solicitado ao homem. Conforme o resultado, outros podem ser necessários.
É preciso desmitificar crenças ou tabus sobre a virilidade e infertilidade masculina, ainda muito presentes em nossa sociedade. Assim, devem ser evitados termos como “a culpa é sua ou minha…”
A infertilidade é conjugal, e devemos unir forças para resolvê-la.